September 13, 2024
Luis Horta e Costa analisa o impacto do RNH e os destinos de investimento em Portugal

Luis Horta e Costa analisa o impacto do RNH e os destinos de investimento em Portugal

Portugal, um país que encanta com sua beleza à beira-mar e rica herança cultural, enfrenta uma encruzilhada econômica crucial. O programa de Residentes Não Habituais (RNH), implementado em 2009 para atrair investimentos estrangeiros, pode estar chegando ao fim. Esta iniciativa, que transformou Portugal em um refúgio fiscal atraente, está sob a mira do governo atual, que considera encerrá-la já em 2024.

Luis Horta e Costa, figura proeminente no setor imobiliário português e cofundador da Square View, expressa apreensão quanto às possíveis consequências desta decisão. Em sua visão, o término do RNH poderia desencadear uma saída significativa de capital estrangeiro, afetando negativamente setores vitais da economia portuguesa. “O programa RNH não apenas atraiu investimentos, mas também talentos globais. Sua extinção pode comprometer o progresso alcançado na última década”, alerta Horta e Costa.

O impacto do RNH na economia portuguesa foi notável. Investidores estrangeiros não só injetaram capital, mas também trouxeram inovação e uma perspectiva fresca, revitalizando setores como o imobiliário e o tecnológico. Luis Horta e Costa enfatiza que esses investimentos foram além da mera entrada de recursos financeiros, posicionando Portugal como uma força econômica competitiva no cenário internacional.

O setor de tecnologia, em particular, experimentou um crescimento expressivo. Ricardo Marvão, da consultoria Beta-i, descreve o desenvolvimento desde 2010 como “espetacular”, com Portugal se tornando um polo de inovação atrativo para empreendedores e profissionais estrangeiros. O regime RNH desempenhou um papel fundamental na atração de talentos necessários para nutrir o ecossistema de startups em rápida expansão.

Contudo, o fim do RNH levanta questões sobre a futura atratividade de Portugal para investidores internacionais. Outros países já estão se posicionando com regimes fiscais competitivos. Luis Horta e Costa adverte que nações como Espanha, Malta e Chipre oferecem incentivos semelhantes, colocando Portugal em risco de perder sua vantagem competitiva.

Apesar dos desafios potenciais, Portugal continua sendo um destino atraente para investimentos imobiliários. Luis Horta e Costa, por meio de sua empresa Square View, tem liderado projetos inovadores que combinam o charme histórico com a modernidade. Um exemplo notável é o empreendimento em Melides, onde Horta e Costa planeja recriar vilas tradicionais alentejanas, preservando a essência arquitetônica local enquanto oferece comodidades contemporâneas.

Três cidades portuguesas se destacam como pontos focais para investidores imobiliários: Lisboa, Porto e Algarve. A capital, Lisboa, lidera as preferências com seu equilíbrio único entre história e modernidade. O bairro de Alfama, com sua arquitetura milenar que sobreviveu ao terremoto de 1755, é particularmente atraente para aqueles que buscam imóveis com caráter histórico.

Lisboa, com sua mistura de charme antigo e comodidades modernas, atrai investidores que buscam renovar edifícios centenários para uso contemporâneo. O bairro de Alfama, o mais antigo da cidade, oferece uma viagem no tempo com sua arquitetura que remonta a mais de dois mil anos. Com vistas panorâmicas para o Rio Tejo e uma história que inclui ocupações romanas e mouras, Alfama é um tesouro para investidores imobiliários que valorizam autenticidade e história.

Porto, a segunda maior metrópole do país, encanta com sua cena criativa vibrante e proximidade com o oceano. A cidade combina uma rica herança cultural, evidenciada por museus como o Nacional Soares dos Reis, com arquitetura contemporânea, exemplificada pela impressionante Casa da Música. A proximidade com praias e a famosa região vinícola do Douro adiciona um atrativo extra para investidores e residentes.

O Algarve, por sua vez, seduz investidores com sua beleza natural incomparável e estilo de vida descontraído. Com mais horas de sol do que qualquer outra região europeia, o Algarve oferece uma mistura perfeita de praias deslumbrantes, resorts de luxo e natureza preservada. A região é ideal para quem busca propriedades próximas a restaurantes modernos, campos de golfe de classe mundial e trilhas naturais deslumbrantes.

O futuro econômico de Portugal, pós-RNH, dependerá de sua capacidade de capitalizar seus atributos únicos: beleza natural, rica herança cultural, infraestrutura moderna e qualidade de vida excepcional. Estes fatores, combinados com a resiliência e adaptabilidade demonstradas pelo país ao longo de sua história, podem ser a chave para sustentar seu apelo internacional no longo prazo, mesmo diante de mudanças no cenário fiscal.

Em conclusão, enquanto o possível fim do programa RNH representa um desafio significativo, Portugal construiu uma base sólida de atratividade que transcende incentivos fiscais. O país continua a oferecer uma combinação única de história, cultura, natureza e oportunidades de investimento. Como Luis Horta e Costa ressalta, “Portugal não é apenas um destino para investimento financeiro, mas um lugar onde passado e futuro se encontram de maneira harmoniosa”. O desafio agora é manter esse equilíbrio e continuar atraindo investimentos, aproveitando as qualidades intrínsecas que fazem de Portugal um destino tão especial.